Pequeno vilarejo próximo a Aushin – Mais tarde ficaria conhecido como Aurin
Um jovem escorado na porta de uma pequena cabana, ele veste uma armadura de um cavaleiro sakura. É Sakai, mais jovem, cabelos mais curtos e barba menos volumosa.
Ele parece residir ali como se aguardasse alguém sair dali de dentro ao mesmo tempo que parecer montar uma guarda ali no local.
De dentro da cabana é possível ouvir conversas de diversas pessoas.
“E então após a vitória das nações unidas contra os demônios as datas foram separadas sendo o 0 antes do ponto nas escritas identificando antes dos demônios e o 1 antes do ponto indicando depois dos demônios e logo após o ponto vem o ano que estamos.”
“Alguns anos depois foi montado pelo culto intra carnem uma excursão contra o clã Obake, muitas pessoas ali do reino foram contra pois conheciam alguém do clã ou até mesmo eram amigas.”
“Porém o culto alegando que o clã era descendente direto dos demônios que assolaram nossa terra no passado, conseguiram convencer através da palavra as pessoas, mas não ao rei supremo que foi contra essas ideias.”
O homem de cabelos grisalhos, face desgastada pelo tempo e talvez por longas viagens discursa para uma sala cheia de crianças, todas parecem ouvir ele atentamente com muita curiosidade, uma das crianças ao fundo da sala ergue á a mão.
“Professor... professor, se o rei supremo foi contra o culto então o que aconteceu com o clã...?? Ele ainda existe??”
O professor olha brevemente para baixo antes de responder.
“Bem Masashi, infelizmente o clã foi exterminado pelo culto. Embora o rei supremo não tenha permitido as ações do culto, eles agiram assim mesmo exterminando em uma noite todos do clã.”
Outra criança mais ao fundo da sala interrompendo o professor pergunta de forma curiosa.
“E eles eram realmente demônios então?”
“Então Akira, alguns documentos escritos pelos sábios Hashiras afirmam que eles erão mais a verdade é que ninguém sabe ao certo se eles eram ou não demônios.”
O professor finaliza o assunto dizendo.
“Por isso crianças lembrem-se, o questionamento sempre vem antes da afirmação, assim evitamos que tragedias como essa possam acontecer novamente.”
Uma menina na primeira carteira de frente com o professor ergue a mão ansiosa para perguntar algo.
“Pode perguntar Hiromu.”
A garota com um semblante de entusiasmo pergunta.
“Os orcs então são demônios também??”
O professor com uma singela risada responde.
“Haha... claro que não minha pequena, eles são uma raça assim como nós concebidas dos primeiros elfos, que são chamados por alguns textos como elfos primordiais.”
A garota interrompe o professor dizendo.
“Mais o Kentaro me falo que os orcs não nascem como a gente eles, são cuspidos da terra igual os demônios.”
O velho homem curioso com a pergunta leva a mão ao queixo pensativo.
“Não exatamente, nem os textos mais assertivos da torre babilônica dizem com clareza de onde surgiu os demônios, de fato alguns textos falam que eles foram cuspidos pela terra como forma de nos punir pelos nossos atos em terra.”
“Porém isso é muito lúdico, muito irreal eu mesmo não acredito nessas afirmações.”
A menina que havia feito a pergunta, com um semblante de confusa diz.
“Mais... então como que nasce um orc?
O bom Homem com um sorriso a responde.
“Bom embora Kentaro tenha te dito que eles nascem da terra como os demônios, seu amigo de classe não está tão errado assim.”
“Já que os orcs nascem das rochas gélidas do extremo norte, por eles não possuírem uma parceira digo... cof...err... por não haver orcs mulheres apenas homens, eles se originam de forma diferente do comum.”
Um pequeno garoto pouco mais alto que a Hiromu pergunta com um semblante de alguém que se prepara para pregar uma peça.
“Então professor... como que seria a forma comum que nós nos originamos??”
O professor até se engasga com a pergunta do garoto, mesmo assim tenta respondê-lo.
“Haha... Kentaro seu... me fazendo perguntas complexas não é mesmo...?”
“Bom...errr... embora os orcs se originem de forma mais mística nós humanos e outras raças como os elfos e os draconicos nascemos de forma mais física, quando um homem e a mulher apaixonados geram juntos uma nova vida...”
O professor termina secando o suor da testa, e finaliza dizendo.
“Bom é isso por hoje turma, já tive minha cota de aventura com vocês, estão dispensados... ahh... e Kentaro estou de olho em você seu espertinho.”
O velho homem ao sair pela porta da pequena cabana é abordado por Sakai.
“Saudações professor, como você está??”
O homem ao ver Sakai com um sorriso de felicidade o responde.
“Muito bem, muito bem... embora minha tarefa de ensino seja muito árdua, estou feliz por tela... Porém mais importante que isso, eu devo te agradecer meu jovem você e seus amigos cavaleiros nos salvaram e nos trouxeram para esse lugar próximo de seu reino, finalmente nos sentimos seguros.”
Meio sem jeito com a gentileza nas palavras ditas pelo velho homem, Sakai responde.
“Não se preocupe meu amigo, era meu dever como cavaleiro protegê-los. Independente de fazerem parte de Aushin ou não, vocês estavam passando por dificuldades nas regiões do norte então o que fiz foi apenas o necessário.”
“Você é um homem muito bom e humilde meu jovem.!”
Responde o professor mantendo seu sorriso.
“O supremo rei me deu permissão para poder ajudá-los a erguer uma comunidade aqui próxima do reino, dessa forma ficaria fácil de protegê-los, já que não conseguiríamos comportá-los dentro do reinado.”
“Porém professor, eu vim aqui para conversarmos sobre algo não agradável.”
O velho homem se prosta a frente afim de prestar mais atenção nas palavras de Sakai.
“A um grupo de bandidos montando acampamentos nas regiões próximas do reino, e pelas investigações que ando conduzindo tudo me leva a crer que sejam os mesmos bandidos que atacaram e incendiaram a sua vila no Norte.”
O homem fica surpreso com as alegações de Sakai.
“Você acha que eles estão seguindo a gente??...não temos nada, o pouco que tínhamos eles levaram tudo... já não basta todo o terror que eles nos causaram, tantas pessoas que morreram pelas mãos desses bandidos.”
O homem finaliza sua frase olhando triste para baixo.
“Não... professor, eu na verdade acredito que eles fazem parte do grupo maior que atacou sua vila, mais que provavelmente debandaram a fim de agir aqui nessa região.”
Sakai continua dizendo.
“Portanto eu vim aqui para avisá-lo, e que também vou ficar um tempo fora a fim de caçá-los. Durante esse período vou deixar de guarda aqui na vila um garoto, um jovem aprendiz meu, porém extremamente habilidoso chamado Regulos.”
O bom homem assenti com a cabeça dizendo.
“Pois bem Sakai iremos recebê-lo muito bem aqui na vila, e te agradeço mais uma vez por se preocupar e cuidar de nós. Muitas crianças aqui na vila me dizem que querem ser como você um dia, um grande cavaleiro Sakura.
Sorrindo Sakai o responde enquanto se despede.
“Aguardo ansiosamente um dia poder treiná-los meu amigo.”
Próximo as terras de Aabilion
Sakai e mais cinco outros homens alguns aparentemente vestem a armadura de cavaleiros Sakura já outros três apenas trajes comuns de guardas.
Sakai parece possuir um semblante de decepção, um dos homens se aproxima dele dizendo.
“Ei, Sakai, não se preocupe vamos achar o resto dos bandidos.”
Sakai se vira para o homem o respondendo.
“Achamos apenas quatro bandidos e os outros seis estão desaparecidos junto de seu líder, precisamos achá-los logo para que essa onda de saques e matanças acabe.”
“Eu vou lavar meus equipamentos no rio aqui próximo, quero que vocês sigam o rastro deles, ainda está fresco, não devem estar muito longe daqui. Eu vou logo atrás, primeiro preciso me limpar.”
O homem assenti com a cabeça e logo vai falar com os outros, eles montam em seus cavalos e partem dali seguindo rastros de galopes no chão deixados pelos bandidos.
Sakai se vira para um declínio próximo a estrada e vai descendo com cuidado para não cair a fim de chegar ao rio e se lavar, ele estava coberto de sangue, não dele mais sim dos bandidos que ele matou sozinho.
Com muito cuidado ele vai chegando ao fim do declínio, ele já está próximo ao rio. Sakai então vira seu rosto para o rio e acaba avistando uma mulher, uma linda mulher de cabelos longos e dourados.
Sakai fica inerte a visão, ele não consegue fazer mais nada a não ser olhar a mulher a sua frente, ela parecia estar se banhando no rio, Sakai fica corado. Ele tenta andar lentamente em direção ao rio sem muito alarde.
Sem que percebesse já que ele estava enfeitiçado pela visão a sua frente pisa em um galho seco, o que gera um pequeno barulho.
Imediatamente e de forma imperceptível Sakai é jogado contra o chão.
Ele parece atordoado a situação, ele pisca várias vezes a fim de tirar a poeira dos olhos. Quando ele consegue olhar para cima ele vê, aquela mulher que se banhava ao rio agora se encontra acima dele.
Ela ainda está nua, porém ela possui feições nada humanas fora seu corpo, seu rosto tem um ar demoníaco. Grandes e pontiagudos dentes, dois riscos negros abaixo dos olhos, um olhar sanguinário e dois chifres na testa um de cada lado.
Sakai tenta processar tudo ao mesmo tempo mais a única coisa que consegue de fato pensar é em sobreviver a situação, sendo assim ele toma um pequeno impulso a chutando para longe dele, conseguindo ele se afasta dela rapidamente.
Sakai esbaforido a olha pensando em mil coisas, porém ele ainda é um homem e querendo ou não ele acaba a olhando já que ela está nua. Sakai fica extremamente vermelho e olha para o rio.
A mulher de longos cabelos dourados percebe o movimento de cabeça repentino de Sakai e entende para onde ele estava olhando. As feições da mulher logo tomam um ar mais humano, ela fica corada mediante a situação.
Sakai também percebe a vergonha no rosto dela e percebe também que seu rosto não está mais com aquele ar demoníaco de antes. Sakai pensa consigo mesmo.
Ela me atacou talvez como uma forma de autopreservação já que ela não me esperava aqui, eu invadi seu espaço e ela quis se defender, talvez eu possa apenas conversar com ela, mas... ela... impossível que ela realmente seja o que eu estou pensando.
Com uma voz meio tremula, porém mais ainda sim humana a mulher fala.
“Olha, eu não sei quem é você... e nem o que está fazendo aqui..., mas eu preciso ir e caso você tente me impedir eu vou te matar...”
Sakai parece surpreso que ela tenha iniciado a conversa com ele. Pondo a mão atrás da cabeça como forma de aliviar a tensão enquanto dá um sorriso ele responde.
“Ahh...hahaha... não se preocupe você não vai me matar... olha eu sou bem fort...”
Antes que Sakai pudesse terminar de falar, a mulher como um relâmpago aparece de frente com ele desferindo um soco, porém não um soco comum e sim um soco de energia, eram como manoplas flamejantes em dourado assim como seu cabelo. Sakai é arremessado vários quilômetros de distância contra uma rocha do outro lado do rio quebrando a e ficando soterrado.
“Será que eu exagerei ??... bom foi ele que disse que era forte então acho que não tem problema.”
A mulher diz isso com um leve sorriso no rosto enquanto ia embora.
4 horas depois, rochas tremem e em um feche de luz azul elas explodem, saindo dos entulhos Sakai que havia sido nocauteado pela mulher misteriosa parece ainda atordoado.
“Caramba... eu não esperava um ataque frontal tão de repente assim, ela nem me deixou terminar de falar e pelo visto ela sumiu não sinto mais aquela tremenda força em lugar algum.”
Sakai levanta e vai até o rio afim de se lavar já que esse era seu intuito dês do início, porém agora ele parece estar ainda mais sujo e pior com parte da armadura trincada.
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