Desculpe pela demora em lançar novos capítulos!
Não vai acontecer novamente!
Por certos motivos vou lançar esse capítulo em duas partes!
Capítulo 5.1
Os Astros se Encontram
Na profecia dos antigos ancestrais de Begônia, existia uma raça no mínimo peculiar assim por dizer, afinal, essa raça descendente de casais Glungarrdianos e Humanos tinha uma cultura diferente, no qual o seu principal motivo de existência era especificamente a fé, sim, uma raça que vivia nas montanhas, perto de pontos mágicos, havia neve quase sempre por conta da altitude, e além disso, inúmeros templos foram criados. Mas, a fé não adiantou muito para deter a sua própria extinção, os deuses, na Guerra da Ascensão, mataram todos eles, mas não foi um genocídio, e sim forneceu poderes sobrenaturais. Logo, os corpos não aguentaram tamanho poder, e sucumbiram ao estado não existêncial. Todavia, esses poderes sobrenaturais acabaram lhes concedendo uma clarividência do futuro, ou seja, eles criaram profecias, muitas delas deixadas em seus pergaminhos, pelo menos aos que ficaram legíveis. Então, em um pergaminho, havia a seguinte profecia.
"Chegará uma era na qual o caos reinará sobre o nosso plano, os homens estarão inquietos, tomafos pela sede de poder e fortuna, se afundarão no abismo de suas próprias mentes, e cortarão a língua com suas próprias palavras. Diga a si mesmo, pequeno homem renegado, que trará a luz quente da justiça, mas a qual custo isso será necessário? A sua pobre e miserável saúde mental, ou por ventura, as coisas mais preciosas da sua vida? Diga a seu semelhante, desconfiado de ti, que a raiva sugará sua alma e criará um abismo entre almas, a conciliação custará a carapaça de um. Porém, apesar dos incontáveis estupros de indefesos, crianças e mulheres que sofreram nessa vida porca e suja, logo gritarão de alivio, a conjunção dos Astros se iniciará, duas crianças amaldiçoadas pelo temível destino irão se esbarrar, eles são o Sol e a Lua, e os deuses pagarão com a vida a ausência que tomaram"
Essa é a profecia do Sol e a Lua, a profecia que muitos aguardam desde o início da Terceira Era. Muitos morreram acreditando que era mentira, outros não. Magos e Feiticeiras, assim como monges, deram sua vida procurando evidências que tornassem a profecia válida. Mas ninguém conseguiu, exceto Lucímedes Boileau, uma feiticeira cujo paradeiro permanece sobre segredo de Estado. Essa mulher, na qual foi encontrada morta junto com seu marido na pequena cidade de Horagodi, descobriu algo relacionado a profecia, porém, esses descobrimentos afetariam a sua vida, e a de sua família, ou melhor, de sua própria filha...
Lisiianto e Begônia, dois continentes, duas nações, uma guerra com motivo inventado, isto é, a razão real pela guerra é outra, mas o povo sequer tem a ousadia de questionar, afinal, estão muito ocupados enaltecendo os Deuses do que analisando a ações de seus líderes. Foi isso que um monge poeta escreveu antes de desaparecer completamente dos lugares ao qual frequentava.
...
"Tudo que eu passei até agora foi tão irreal, eu não imaginava que essa seria a minha vida aqui, trabalhando para a realeza.. Gawa.. Me desculpe mas depois daquele encontro peculiar, eu senti que era aqui que eu deveria estar procurando as respostas para continuar o que minha mãe não consegui terminar."
...
110 3E Quinta de Alicia
Sarasi'ha, Nas'sath
Era cedo, e logo pela manhã, Gawa estava em pé - um tanto quanto incomum para ela - , logo, ela já tinha feito o café da manhã, enquanto Luna ainda estava a dormir tranquilamente. Após Luna levantar e fazer o ritual de higiene matinal, ela foi tomar café, e não esperava chegar na cozinha e ver a mesa completamente cheia de bolo, frutas, sucos, pão, café.. Diversas coisas.
- Bom dia, bela adormecida, como você dormiu? - disse Gawa, que estava sentada no lado esquerdo da mesa quadrada levemente grande, - Fiz esse café para você.
- E-e-eu dormi bem, e você? - disse Luna sen tirar os olhos do bolo de chocolate que Gawa fez - M-muito obrigada, não precisava
- Para com isso heh, você merece, você sabe disso - disse Gawa sorrindo para Luna, enquanto a via comer feliz como se fosse uma situação rara.
- Olha, experimenta esse bolo aqui de chocolate, e depois esse morango com iogurte, você vai A-M-A-R - Gawa colocou um pedaço do bolo no prato de Luna, e levantou en seguida, pegando o morango na geladeira. - Hmmm, eu amo morango, é a coisa mais perfeita nessa vida humilde.
- Nossaaa! É tanta cois, vou morrerrrr - disse Luna completamente "luná-tica" após comer o bolo de chocolate e morango.
Gawa observou a Luna por trás do balcão da cozinha, ela se sentiu completamente alegre com a felicidade de Luna, algo surreal..
Após o café da manhã, Gawa se dirigiu a Luna e disse para se arrumar, pois em seguida elas iriam em direção a academia de esgrima, ingressar a pequena Luna.
- Hmmm, você parece não ter o que vestir, que tal irmos numa loja de roupas, em?e depois arrumar seu corte de cabelo, isso eu mesma faço, heh - disse Gawa quando percebeu que Luna estava procurando novas roupas na mochila.
Após isso, na saída de casa, Gawa trancou as portas e checou se estava tudo fechado. Então olhou para Luna que estava na rua, e disse.
"Vem, me dá a mão, vamos juntas!"
e sorriu para a pequena garota, que em um olhar inocente, não recusou, e segurou fortemente a mão de Gawa.
Elas foram caminhando para a loja de roupas naquele dia ensolarado, as pessoas agitadas trabalhando, andando para lá e para cá. No meio do caminho, Gawa respondia o cumprimento de todos que viam ela, eram eles cavaleiros errantes, cavaleiros da Guarda Real, andarilhos, mercenários, comerciantes, enfim, todos cumprimentavam ela. No meio do trajeto, Luna comentou:
- Nossa, quanta fama, virou a rainha de Begônia? - riu Luna enquanto Gawa ficou corada.
- Rainha nem tanto, hahahahaha, mas todos eles são tão confiantes nas minhas mãos que produzem os equipamentos deles, chega a assustar - respondeu Gawa enquanto caminhava segurando a mão de Luna entre várias barracas do centro comercial.
- Assustar? Por quê?
- Bem, eles confiam tanto que meu aço é o melhor, e esquecem que às vezes ele pode falhar, na pior hora, e virem se queixar comigo. Eles esquecem que a perfeição não existe, que o erro é zero quando se lida com um profissional.
- Mas.. Um profissional tem poucas chances de errar, né?
- Sim, a questão é, eles esquecem dessa pouca chance, tratam a gente como seres perfeitos, e isso é assustador. - Disse Gawa, olhando para o céu azul como o mar, enquanto saía do centro comercial.
Após alguns minutos, as duas passaram por um lugar que tinha uma visão extraordinária de uma montanha incrivelmente alta.
- Olha! Luna! É a Montanha dos céus, eu amo passar por aqui, é como se fosse um calmante! - gritou Gawa, cheia de felicidade - Eu e sua mãe costumávamos ficar aqui, olhando para ela depois das aulas...
- Sério? Toda vez?
As duas sentaram no banco que estava no gramado virado para a montanha.
- Sim, Lucímedes disse que iria lá um dia, só para ver como era o topo daquela montanha, sempre me dizia isso.. - Gawa estava um pouco nostálgica nesse momento, Luna sentiu.
- E ela foi? Ela conseguiu?
- Sim, ela foi, mas a trabalho, sempre a trabalho, ela disse ter ido lá ver alguma coisa relacionado a artefato, não sei sobre, ela me contou que a visão de lá é tão linda mas deprimente ao mesmo tempo.
- Deprimente? Por que seria afinal?
- Eu perguntei a mesma coisa, e ela respondeu:
"Deprimente porque me fez enxergar o quanto conseguimos ser minúsculos pedaços de nada, em um lugar assustadoramente gigante, isso é deprimente, ver que somos quase nada"
-Eu senti o que ela quis dizer, mas nessa época ela estava meio entristecida, como sempre, não me contou o motivo, mas aparentava ser esse "trabalho" dela. - disse Gawa acariciando o cabelo de Luna, e levantando em seguida - Bom, vamos continuar?
Após alguns minutos, Gawa parou e disse para Luna, enquanto segurava sua mão.
"Bem, chegamos, vamos lá para dentro ver qual tipo de roupa você gosta"
As duas entraram e Luna foi checar as roupas que interessava mas não gostou de nenhuma, era tudo muito "meh" como Luna disse. Ela acabou interessando pelas roupas masculinas, as calças e camisas, então Gawa deu a ideia para o costureiro misturar um vestido com roupa masculina.. E Luna amou.. Quando ela experimentou a roupa, apareceu um brilho nos olhos da pequena garota, era um vestido de manga longa e um pouco estendido na mão para os lados, era totalmente verde, a saia só era na parte de trás, como uma capa, ela vai até o joelho, e calças apertadas, totalmente pretas. Luna adorou, mas ela mandou fazer mais alguns naquele modelo, as encomendas iriam levar tempo, mas ela pediu mesmo assim.
Ao voltarem de lá, era quase umas onze e meia, elas estavam passando por uma praça com uma fonte de água linda, então Luna no meio do caminho parou e perguntou
- Gawa.. Você sabe o trabalho que minha mãe estava?
- Não, Luna, ela nunca me falou, nunca me contou as coisas, onde ela estava e o que tinha feito de bom, ela parecia esconder, mesmo que eu questionasse e questionasse.. - disse Gawa, escondendo algum segredo de Luna, ela preferiu não contar, não agora..
- Entendi.. Realmente queria saber por que a mamãe fazia isso..
- Eu também, Luna, eu também.
As duas voltaram a caminhar, até que finalmente chegaram em casa, ambas totalmente cansadas da caminhada, elas tomaram água, assaltaram a dispensa, quando Gawa some derrepente.. E aparece saindo do banheiro com tesouras e pentes de cabelo.
- Então, vamos dar um jeito nesse cabelo ondulado heheheh? - disse Gawa enquanto fazia sons com a tesoura - vem pro banheiro, aqui tem espelhos
- Mas já? Aaaah - reclamou Luna com preguiça sentada na cadeira do balcão da cozinha
- Sim, garotinha, vem se não eu jogo piolho no seu cabelo hihihi - Gawa continuou fazendo sons com a tesoura..
- Ugh, tá bom então, to indo - com muita preguiça Luna se levantou e foi para o banheiro
Chegando lá, Luna sentou no banco e se encarou no espelho.
- Bom, como você prefere, Luna
- Hmmm, até os ombros, e cheio de cachinhos, hmm, é isso.
Gawa então depois de um longo tempo brincando e cortando o cabelo de Luna, finalmente fez o corte que ela pediu, até os ombros, e cacheados, óbvio, após um banho e uma chuva de cremes de cabelo.
- Uffa, finalmente acabamos, você não parava de fazer graça, né - disse Gawa rindo baixinho
- Eu? QUEM jogou shampo na minha cara e escorregou no chão depois de buscar a toalha, em? - disse Luna levemente indignada - e ainda por cima ficou 30 minutos medindo meu cabelo
- Ahahahahhahahahajahah, foi engraçado você com aquele moicano que eu fiz com o shampoo - riu Gawa bem alto naquela hora
- Humpf, vou falar nada - respondeu Luna segurando o riso até que as duas caem na gargalhada juntas.
Após 1h30, Gawa preparou o almoço, as duas almoçaram e caíram na rede na varanda do quintal para tirar um cochilo, ficaram uma hora lá, as duas roncando como nunca, depois de passarem uma manhã divertida, foi lindo de ver, a Luna sorrindo e feliz, pelo menos um pouco depois de um longo tempo.
Continua no próximo capítulo!!!!!
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