• A data funciona em um sistema diferente, o calendário de Abdish Aphorus, ou calendário Aphorus, funciona em: Eras e o ano, por exemplo, primeira era ano vinte e um = 1E 21.
• As Eras são divididas por fatos histórico, por exemplo: a Era 1(1E) começou quando a humanidade se instalou no continente de Begônia e outro fato histórico determinou o início da 2E..
• Essa história está em andamento, desse modo, uma curtida e um comentário seriam de grande apoio!
Boa Leitura!
Capítulo 1
Caos
Quinta-feira, Solaris - 102 2E
Tsakho, Ardman'thor.
— Ó Deusa Phena! Livre-nos desta maldita guerra! Por favor! Eu te imploro! Purifique a alma desses homens e os abençoem com a sabedoria divina! — Gritou o monge na praça central da cidade, a qual estava rodeada de morte, sangue e chamas, enquanto tropas Voalfianas invandiam Tsakho em Ardman'thor.
Segunda-feira de Isien - 3E 99
Horagodi, Nas'sath
— 99 anos de puro sangue derramado, são 99 anos após a entrada dos Voalfianos em nosso continente, isto é, homens controlados por políticos com sede de poder e magia, que Avros tenha pena desssas almas que sacrificam vidas para realizar seus próprios desejos, e que todas as almas inocentes que hoje vagam por Skalfindor encontre sua paz. — Disse Magrorn, professor de alquimia na Universidade de Horagodi.
Ele então, na sala de aula em um dia nublado, caminha de um lado para o outro enquanto fazia seus 45 alunos refletirem sobre o nonagésimo nono ano após o início da guerra que afligia aquele continente.
— Me pergunto... Quando isso irá acabar? Quantas almas serão sacrificadas para que isso acabe? — questionou Magrorn — Pena! é isso que nós mentores temos de vocês jovens, pois nasceram nessa época sanguinária, moldados através de sofrimento e perdas, e instruidos a matarem seres de corações iguais. — finalizou Magrorn, o qual encerrou a aula daquele dia.
Naquele mesmo dia após as aulas, Magrorn estava realizando uma pesquisa promissora, porém definitivamente secreta, entretanto, sua esposa, Lucímedes, o interrompe, ela abre a porta de seu laboratório e corre para o abraçar pelas costas, e em um abraço totalmente aquecedor e tranquilizante, ela revela com um sentimento de felicidade e os olhos cheio de lágrimas, ela diz:
— V-vamos ter um filho, Magrorn! Estou grávida!
Quarta de Lunaris - 3E 100 (9 meses depois)
Após um doloroso parto, nasce uma menina, com a pele morena, olhos azuis, e a marca de lótus no braço esquerdo com uma aparência completamente saúdavel, Magrorn e Lucímedes a lhe dão o nome de Luna.
— A voz e o nome dela soará pelos céus de Nas'sath!
Oito anos depois..
De seus 3 a 7 anos, Luna fez diversos amigos e amigas, Lechor Oshiqo e Lody Tornagut eram seus melhores amigos, um era filho de comerciante e a outra filha da nobreza, respectivamente, ambos passavam a maior parte do tempo planejando estratégias mirabolantes para aprontar na cidade.
Era tudo muito lindo e perfeito, no entanto, quando Luna tinha seus 8 anos, algo de terrível aconteceu.
Luna estava procurando ingredientes para fazer uma poção que seu pai pediu.
Vamos, eu vou te ensinar a fazer esta poção!
— Vamos, papai!
Chegando em casa, os dois vão em direção ao laboratório de alquimia. Luna, como sempre, está toda energizada, ela chega primeiro e já deixa tudo preparado para o início
— Bom agora nós fervemos o chá de camomila.. Misturamos as petálas secas e as ra- — Magrorn é interrompido por Luna — acrescentamos a lavanda e pronto! Está feito! Eu consegui papai! — Gritou, Luna, extremamente feliz com a sua recente conquista.
— Parabéns minha filha! Você fez a sua segunda poção! A poção do sono! (não tanto assim) Parabéns, minha linda filha! — Disse Magrorn para Luna com um olhar orgulhoso da filha que teve.
Porém, nem tudo ocorreu como eles planejavam. Logo após, soou os Sinos de Horagodi, a guarda real desceu para os portões, cidadãos corriam para suas casas e trancavam as portas, o fogo dominava a entrada da cidade, tudo desmoronava, era o fim! Pensavam todos.
Magrorn extremamente assustado, correu para laboratório ao lado de Luna, então, ele equipou seu traje e pegou sua espada. Nesse momento, Magrorn levou Luna para um lugar escondido na casa, era um lugar atrás de uma parede secreta, e lá havia suprimentos e móveis básicos. Magrorn virou para Luna, e disse:
— Pai, por favor, não me deixe aqui, eu tenho medo! — Gritou Luna segurando as lágrimas enquanto segurava fortemente a mão de seu pai.
— Luna, você é tudo que me resta, permaneça segura, prometo que irei trazer sua mãe novamente e tudo ficará bem — disse Magrorn enquanto manteve um olhar de esperança que tudo fosse passar, mesmo sabendo que aquele poderia ser um adeus para sua filha, no momento.
Luna estava sozinha, com medo, e sem saber o que estava acontecendo e foi aquele sentimento juntamente com lágrimas que marcou presença naquela noite toda.
Magrorn saiu do lugar onde deixou Luna, e foi em direção a linha de defesa no portão principal, pensando se Lucímedes ainda estava viva.. Assim, ao chegar lá, percebe que Lucímedes não estava junto aos outros, mas, ouve a voz dela ressoando da torre de vigia..
— É Lucímedes! Graças aos Deuses! — pensou Magrorn ao abrir um lindo sorriso brilhante.
Foi-se para a torre vigia atrás de Lucímedes, no meio do caminho, para sua má sorte, encontrou soldados Voalfianos, mas isso não foi nenhum problema, ele lutou contra alguns soldados que se revelaram de última hora serem espiões, e saiu totalmente ileso. Ao chegar então na torre, encontrou Lucímedes usando seu arco de caça para atrasar os soldados que estavam a tentar quebrar a barreira mágica no portão do Sul.
— Lucímedes!
— Magrorn.. diz Lucímedes ao soltar uma lágrima de felicidade por ainda o encontrar vivo.
Os dois correm para se abraçar.
- Luna está naquele lugar?
- Sim..
- Então não devo me segurar.
Magrorn defende a posição ao redor de Lucímedes, enquanto ela conjura o arco de Miyagath, o arco utilizado pelo semi Deus Miyagath, de aparência azul claro e transparente igual gelo, que foi usado para banir todos os opositores com uma única flecha, e com ela, milhares de inimigos foram mortos de uma única vez. Lucímedes com a sua única flecha, ela atirou em direção aos magos inimigos devastando tudo a frente do portão principal, tipo um mar cristalino, um brilho cintilante aparece aos céus, a névoa congelante invadiu o corpo de todos os soldados naquela área e corrompeu o corpo de todos ao mesmo tempo, entretanto, naquele mesmo momento, tropas Voalfianas invadiram pelo portão norte, e milhares de flechas encantadas caem sobre a torre, uma dessas flechas perfura Lucímedes a fazendo cair no chão, Magrorn, que defendia a posição matando alguns soldados, percebe Lucímedes sentada no chão encostada na parede, então corre em sua direção e a abraça, naquele mesmo momento, Magrorn beija Lucímedes enquanto a cidade se destruía em chamas.
Magrorn defendeu a posição até seu último momento de vida.
Na manhã do dia seguinte, após a retirada do exército Voalfiano do local, o Colar de Luna brilha, então ela sai do esconderijo a procura de seus pais. Nesse momento ela olha envolta a cidade que ela nasceu, a cidade estava totalmente destruída, e a ser consumida pelo ódio, solidão e o abismo da mais profunda tristeza, pessoas choravam em cima de corpos de seus entes mortos. Luna ao gritar o nome de seus pais, percebe a presença de um orbe de luz mágico e a guia até que encontra sua mãe na torre do portão principal, lá ela vê a imagem de seu pai,
espancado, ensaguentado e morto.
— P-pai ? M-mãe?
Sua mãe a chama, ela estava sentada, ainda conjurando a cura em si mesma, e ao mesmo tempo segurando o corpo do seu marido.
Luna corre então e abraça sua mãe enquanto chorava com aquele sentimento de desespero e choque. Sua mãe então fala baixinho no ouvido dela.
— L-Luna, você chegou — Lucímedes tossia sangue — Antes que eu morra aqui, preciso te dizer, vá para Sarasi'ha e encontre Gawa, a ferreira, ela saberá o que fazer, minha florzinha.
— M-Mãe? Por que? Mãe? Por que o papai tá assim? O que aconteceu aqui? Fica viva, Por favor! — disse Luna, chorando completamente enquanto abraçava fortemente sua mãe.
- Luna.. (tosse com sangue) Não vou conseguir atrasar mais a minha morte, passei a noite esperando por você. — expressa Lucímedes, ao demarrar lágrimas enquanto sorri para sua filha — Por favor, continue sendo essa garota adorável que é, a mamãe e o papai te amam.. Lembre-se disso. (tosse com sangue novamente)
- Mãe! Por favor! Fique comigo! Eu amo vocês!
— Eu sei, eu também amo você, florzinha, não abandone esse colar jamais, e nunca esqueça do seu pai, que sempre se orgulhou de você, assim como eu. — Lucímedes já estava ficando tonta e sem energia para manter a cura
- Lembra daquela música flha? Era a que você adorava ouvir quando bebê..
Luna chorou, e chorou. Lucímedes morreu ali, sentada sendo abraçada pela sua filha, e com o marido morto em seu colo. Naquele dia, a pequena Luna descobriu a crueldade do mundo, assim como, encontrou a falta de compaixão, e passou a se questionar sobre tudo...
A Segunda Era, foi marcada pela fechada do portões celestiais, no qual foram aonde os deuses subiram aos céus para abençoar Begônia e Lisianto.
No total, existem nove deuses em Begônia e Lisianto.
Após isso, o continente de Lisianto sentiu um profundo ódio pelos reinos do continente de Begônia, não só pelas diferenças raciais e estudos suspeitos de magia, como também, existirem histórias de que alguns líderes de Begônia se envolveram com o submundo da magia negra.
Rei Valorius de Voalfi, líder da Aliança do Oeste, planejou um ataque em aliança com algumas províncias de Begônia, e invadiram Lisianto, após atravessar o intenso mar, em 102 2E em Tsakho no reino de Ardman'thor, iniciou-se a Terceira Era, ou melhor, Era Sanguinária.
Uma cidade quase estável, centro comercial que ofereceria quase tudo aos cidadãos, era raro de se ver mendigos nas ruas, muitas pessoas honradas passavam por ali, era uma enorme cidade. Era 110, uma criança chega na rua principal da cidade, estava com roupas rasgadas e uma adaga entre as mãos, pergunta aos guardas sobre uma mulher chamada Gawa, os guardas nem se importaram com o seu estado ou situação, apenas a informaram da ferreira mais famosa da região, a Gawa.
— Venha, tome um banho, prepararei algo para você comer.
Após um banho e uma refeição adequada, Gawa traz ela para a sala e as duas sentam ao lado da lareira, Gawa então olha cada detalhe de seu rosto e logo lhe vem um choque.
— Você é Luna! — disse Gawa — Mas não é possível, dois anos se passaram, como ela estava ali? Todo esse tempo? Viva? A carta então não era mentira. — Depois pensou.
— Sim.. timidamente Luna diz com um pouco de medo.
— Acalme-se, sou amiga da sua mãe, irei lhe ajudar!
— Vamos com calma, vai ficar tudo bem agora — diz Gawa enquanto beija a testa de Luna e a acolhe em seu abraço.
No dia seguinte...
— Bom dia, Luna! Fique a vontade, mais tarde eu te explicarei tudo, ok?
Gawa era uma ferreira muito famosa, herdou as técnicas de sua família, que muito antigamente produziram espadas para o Deus Isien, deus da guerra. Todos que fazem sua espada na ferraria dela não se arrependem afinal, ela produz espadas para o exército de Tlilhdapur. Ela também é uma ótima esgrimista, venceu o torneio de Esgrima dos Treze Reinos. Ela também era muito amiga de Lucímedes, cresceram juntas, eram como irmãs desde sempre.
Continua no próximo capítulo!
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